Conta de luz fica mais cara em julho com a ativação da bandeira amarela

Consumidores da Light devem ficar atentos ao consumo de energia

A partir deste mês de julho, as tarifas de energia elétrica sofrerão aumento com a ativação da bandeira tarifária amarela pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Essa é a primeira alteração na bandeira desde abril de 2022, após 26 meses de bandeira verde, que oferece tarifas mais baixas.

A mudança ocorre devido às condições desfavoráveis para geração de energia no país, como a previsão de escassez de chuvas e temperaturas mais altas durante o inverno, obrigando o acionamento de termelétricas, que têm custos operacionais mais elevados.

Os novos valores na área de concessão da Light serão de R$1,22 por quilowatt-hora (kWh) para consumidores com consumo mensal até 100 kWh e R$1,37 por kWh para aqueles com consumo superior a 200 kWh.

Carlos Eduardo Dair Coutinho, presidente do Conselho de Consumidores da Light, destaca a necessidade do uso consciente da energia para evitar desperdícios e surpresas nas contas. 

“O inverno já é um período em que a conta de energia costuma subir um pouco mais por conta do uso de chuveiro elétrico. Uma dica é mudar o equipamento para o modo morno e evitar banhos longos. Além disso, pode ajustar a temperatura da geladeira para manter os alimentos resfriados e não deixar aberta por muito tempo. Essas ações ajudam a diminuir o consumo de energia e a manter as contas mais controladas.”

A previsão de chuvas 50% abaixo da média e o aumento esperado na carga e consumo de energia são os principais fatores para a ativação da bandeira amarela. A escassez hídrica e as temperaturas acima da média histórica do inverno aumentam a necessidade de acionar termelétricas, que têm custos de produção mais altos comparados às hidrelétricas, especialmente à noite, quando não há produção solar.

O sistema de bandeiras tarifárias, criado pela Aneel em 2015, visa informar aos consumidores sobre os custos variáveis da geração de energia no Brasil, refletindo a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis e o acionamento de fontes de geração mais caras.