Atendimento ao consumidor de energia em áreas de risco

Vice-presidente da Federação Municipal das Associações de Favelas do Estado do Rio de Janeiro (FAF-RIO) e da Confederação Nacional das Associações de Moradores e Entidades Comunitárias do Brasil (CONAM) conta as principais dificuldades dos consumidores em relação aos serviços de energia.

O atendimento ao consumidor de energia em áreas consideradas de risco tem sido um tema de debate nos últimos anos. Gilson Rodrigues, representante no Conselho de Consumidores da Light da classe residencial e membro da FAF-Rio, compartilhou sua experiência e perspectiva sobre os desafios enfrentados pelos consumidores representados por ele. 

Com mais de uma década no Conselho de Consumidores, Rodrigues dá voz a muitos problemas enfrentados pelos moradores e lembra que, embora a tarifa seja a mesma para todos os consumidores, independentemente de viverem dentro ou fora das comunidades, o atendimento não é igual, por diversos desafios. 

O desligamento de energia sem comunicação prévia é uma das principais questões que preocupam os moradores. “Há muitas áreas com casas alugadas e contas registradas nos nomes dos proprietários. O inquilino muitas vezes fica no escuro, sem saber o motivo do corte e para piorar, moradores também relatam não receberem as contas para o controle. É preciso buscar outros meios para ter acesso à conta de energia”, comenta Rodrigues. 

Novas ligações e a manutenção da rede são outra preocupação. Além dos relatos de postes caindo nas favelas, colocando em risco a segurança dos moradores. Rodrigues também chama atenção para os impostos recolhidos na conta de energia, que incluem um alto valor de ICMS para o Estado e uma taxa de iluminação pública para a prefeitura. “Muitas áreas não recebem nem iluminação adequada, apesar de pagarem por ela”, critica.

Como membro do Conselho de Consumidores, Rodrigues está sempre atento, recentemente observou uma iniciativa promissora em Bangu: uma agência itinerante da Light realizando atendimentos. Ele levanta se esse modelo não poderia ser estendido às comunidades, aproximando a empresa de seus consumidores e melhorando o atendimento. “Precisamos da empresa mais próxima das comunidades”, afirma.

O atendimento ao consumidor de energia em áreas de risco é um desafio que exige atenção e soluções específicas. Dar voz aos consumidores dessas áreas é fundamental para trazer um novo olhar as dificuldades e buscar melhorias no serviço prestado. 

Fonte: Comunicação Conselho